CAVALO – Associado à força, juventude e liberdade, o cavalo aparece em inúmeras tradições ligadas ao submundo (Hades, senhor do mundo dos mortos). Entre alguns povos da Ásia central, era sacrificado ou enterrado junto ao seu proprietário. Cavalos são mais perceptivos do que nós. Em 5 minutos eles “formulam” a imagem sobre uma pessoa.
Agem por si devido ao medo, fome e paixão. O que determina a sua personalidade e o medo são experiências transmitidas pela mãe. Passam uma impressão de bravos, perigosos e não confiáveis, mas são apenas sensíveis e medrosos. Odeiam levar sustos!
Uma crença ancorada na memória dos povos europeus associa o cavalo às trevas do mundo subterrâneo. Por consequência, na sua qualidade de divindade soberana, o cavalo conhece os caminhos da água e é suposto, tal como Pégaso, o cavalo mágico, ter o dom de ser capaz de fazer brotar fontes batendo no solo com os cascos.
Senhor das águas subterrâneas, o cavalo pode também simbolizar tudo o que se relaciona com a água em geral. Assim é o cavalo que puxa o carro de Netuno, o Deus do Mar. São também cavalos que Britânia escolheu para puxar o seu carro que emerge dos oceanos, sobre os quais estão disseminadas as suas possessões.Animal das trevas para os povos europeus, o cavalo está associado a símbolos totalmente diferentes nas mitologias grega e hinduísta. Na origem Chotiniano, o cavalo torna-se pouco a pouco ouraniano, de subterrâneo torna-se francamente solar.
Para os antigos gregos eram cavalos que puxavam o carro do sol e que lhe estavam consagrados. O cavalo era atributo de Apolo na sua qualidade de condutor do carro solar. O mesmo se passa na tradição hinduísta, onde um cavalo de sete cabeças puxa o carro do sol. É o que surge em diversas emissões do Estado do Jaipur (O cavalo de sete cabeças e o carro do sol).
Para os povos primitivos germânicos o cavalo era um animal sagrado, ligado ao culto solar e ao mundo dos deuses: eternidade, ventos, sol e movimento. O cavalo simboliza por seus atributos, força, energia, impetuosidade e vitalidade, que são associados a seus instintos de proteção em momentos de perigo.
As três pontas do Tridente usado por Possêidon representavam as três pulsões: Sexualidade, Espiritualidade e Nutrição, fonte de todos os desejos facilmente exaltados e da natureza imanente. O cavalo simbolizava os desejos exaltados, os instintos, a juventude. Para Jung, o cavalo expressa o lado mágico do homem, a “mãe em nós”. Os psicanalistas fizeram dele o símbolo do psiquismo inconsciente ou da psique não-humana, arquétipo próximo ao da mãe, memória do mundo. O cavalo pode ser montado pelo homem, representando a sublimação do instinto. O cavalo engloba também as noções de velocidade, imaginação e imortalidade. Representa a garra para o trabalho. Representa também a liberdade.
O Cavalo Branco – representativo do quaternário inferior completamente dominado e transmutado – é um símbolo universal associado aos Grandes Avatares, Instrutores e Salvadores do Mundo. Na tradição oriental, fala-se no “Avatara” do Cavalo Branco, a culminante manifestação hipostática de Vishnu, segundo os brâmanes; o Buddha Maitreya referido no Budismo setentrional, ou Sosioch, o Salvador masdeísta (a religião precedente de Zoroastro), tal como, numa tradição islâmica, o vindouro Iman, comandarão um cavalo branco.
Da mesma forma, o Senhor Buddha (Siddharta Gautama) iniciou a longa peregrinação que o conduziu até à suprema iluminação montado num cavalo branco. Mais próximo de nós, temos os versículos do Apocalipse, referindo-se ao Senhor Cristo: “Vi aparecer então um cavalo branco e o seu cavaleiro tinha um arco; foi-lhe dada uma coroa, e ele partiu como vencedor para tornar a vencer” (VI, 2); “Vi ainda o céu aberto: eis que aparece um cavalo branco. O seu cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e é com justiça que ele julga e peleja” (XIX, 11).
De tantas definições sobre o cavalo como símbolo, acredito que minha escolha (não considerando o lado pessoal) ocorreu pelo fato da força e beleza que ele representa.
Sendo assim, minha nova marca está lançada...
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