quarta-feira, 9 de julho de 2008

Reagindo na Raiva

Quando sinceramente desejamos ajudar alguém que está sofrendo, nossa reação inicial é muitas vezes de raiva pelo perpetrador desse sofrimento. Reagimos primeiro à injustiça percebida, com raiva diante de quem quer que pensemos ter causado o problema, e então com compaixão pela vítima.
.
.
Mas se ficamos com raiva do perpetrador e planejarmos tomar alguma ação contra ele, nossa motivação não é compassiva. Estamos misturando veneno com o remédio. Nossa intenção é ajudar, mas estamos usando meios venenosos baseados na aversão. Um agressor geralmente causa o mal devido à raiva. Se respondermos cheios de nossa própria raiva, então realmente não há diferença. Basicamente, raiva é raiva. Mesmo quando possa parecer justificada, ela ainda é um veneno.
.
.
Não importa se você foi mordido por um cachorro branco bonitinho ou por um cachorro preto horroroso — você foi mordido do mesmo modo. Você pode pensar que sua raiva é branca e justificada, e que a raiva dos outros é negra e errada, mas ambas o morderão viciosamente. A qualquer hora que você reaja na raiva, você é mordido.
.
. Chagdud Tulku Rinpoche (1930-2002)

Nenhum comentário:

Postar um comentário